Autor: Diógenes Pereira da Silva
Não sou candidato, tão pouco tenho pretensões políticas, mas, tem-se constituído um debate, principalmente por candidatos às eleições municipais deste ano em todo o país, que chama a atenção e percebe-se, sobretudo, a falta de conhecimento por parte deles sobre o enfoque da segurança pública brasileira, pior, não procuram sequer: consultar ou pesquisas sobre o tema, mas fazem preleções como se fossem conhecedores do assunto.
O que igualmente espanta e indigna, além de empobrecer o debate de tamanha importância, é que a maior parte dos candidatos não sabe o que significa políticas públicas à qual a segurança está inserida. Esse fator pode levar a sociedade a acreditar em (Papai Noel) e em episódios notórios como resolução dos problemas como parte fácil da política desenvolvida sem a participação efetiva dos municípios, descompromissando ainda, dessa forma, a sociedade de suas obrigações constitucionais: “segurança pública dever do estado, direito e obrigação de todos”.
Ora, sabe-se das dificuldades existentes na área da segurança pública, contudo, não ficam restritas às posições de discursos vazios e sem cobertura real de acontecimentos. O propósito dos discursos de diversos candidatos, com raríssimas exceções em folhetos, cartazes,santinhos e outros, colocados em nossas caixas de correio e em para-brisas dos veículos, constroem sobre o assunto (Segurança Pública) como algo banal. Neste contexto, tem recuado em torno de algumas posições ou aspectos, que enfatizam apenas resultados parciais da segurança da sociedade e não abrange a seriedade que deve haver em discussão sobre a segurança pública, deixando inócua, quanto à posição e participação que deve ocorrer por parte dos municípios e da própria sociedade.
O que temos assistido são pessoas imódicas, usando principalmente instrumentos da presunção política, para se promoverem, colocando a segurança da sociedade em argumentação descabida e sem nexo, por meio de métodos e instrumentos inadequados e irresponsáveis.
A abordagem de temas políticos, principalmente sobre a segurança pública, precisa ser absorvida com a escolha dos meios amoldados para buscar fins predeterminados dentro de um contexto de valorização de todos os segmentos sociais e órgãos que envolvem as questões prementes da sociedade. Isso é coisa séria e não pode ser desenvolvida sem responsabilidade, ou por pessoas que não sabem o que dizem ou escrevem. A sociedade eleitora, representada por políticos, sejam eles: municipais, federais ou estaduais exigem pelo menos respeito quanto às assertivas que representam nossa política de segurança para o cidadão, a final, segurança pública é preceito constitucional e muito sério e deve, a qualquer pretexto ser tratada como tal.
Graduado em Segurança Pública e privada pelo Centro Universitário do Triângulo.
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