Comércio pode sentir o impacto no final do ano, segundo Sindicato da categoria
Servidores municipais de Barbacena reclamam do atraso no pagamento dos salários. Segundo o sindicato da categoria, a situação se agravou a partir do mês de agosto deste ano.
A professora contratada Aline Andrade guarda o contracheque do último pagamento que recebeu. É referente ao mês de agosto, pago apenas em outubro. Outros professores contratados da rede municipal de ensino de Barbacena passam pela mesma situação. No ultimo dia 31 eles entraram em greve. Pais e alunos temem ficar com conteúdos defasados ou mesmo perderem o ano.
De acordo com as professoras efetivas Cida Souza e Maria Edsônia Batista, a Prefeitura encaminhou, no último mês, uma proposta de novo calendário às escolas. Nele, o término do ano letivo seria antecipado em duas semanas, encerrando as atividades ainda em novembro, e não mais em dezembro. Para isso, haveria aula aos sábados. Contudo, segundo Cida, na escola em que ela trabalha os alunos do 9° ano estão há dois meses sem aulas de português e matemática.
Aposentados e pensionistas do município também se queixam de atraso nos salários, que atinge ainda outras áreas. Contudo, a maior reclamação dos servidores é contra a falta de posicionamento por parte da administração municipal.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos, Almir de Paulo Ferreira, a economia da cidade pode sentir o impacto neste final de ano. Segundo ele, os aposentados que ganham mais de R$3.600 não recebem o salário desde o mês de setembro, assim como os trabalhadores efetivos.
Almir aponta que o comércio pode sofrer um déficit de R$15 milhões. De acordo com ele, sem receber em novembro a primeira parcela do 13° salário, o setor pode se enfraquecer com a redução das compras.
A produção do MGTV tentou gravar entrevista com a Prefeitura, mas a administração municipal preferiu se manifestar através de nota. Segundo a assessoria de imprensa, a acentuada queda de arrecadação do município de Barbacena trouxe dificuldades financeiras. O documento diz que medidas estão sendo adotadas para que, o mais breve possível, o pagamento do funcionalismo seja realizado.
Sobre o quanto a folha de pagamento do funcionalismo compromete o orçamento municipal, a assessoria informou que ele muda a cada quadritrimestre, mas, atualmente, o gasto está no limite máximo. Pela Constituição Federal, este limite é de 54%.
Fonte:megaminas
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